[...] o exercício de pensar o tempo, de pensar a técnica, de pensar o conhecimento enquanto se conhece, de pensar o quê das coisas, o para quê, o como, o em favor de quê, de quem, o contra quê, o contra quem são exigências fundamentais de uma educação democrática à altura dos desafios do nosso tempo. (PAULO FREIRE)

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

PROJETOS


"A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original." Albert Einstein



Colégio- Municipal Dr. Rômulo Galvão
Rua- Bela Vista- Poços – Campo Formoso –BA



O uso das TICs na educação como instrumento de informação e cidadania participativa crítica.




Poços- Campo Formoso- BA





Responsável pela execução do projeto.
Ivanalice Vieira da Cruz Batista
Maria Lúcia de Carvalho
Maria Sara da Silva Nascimento
Maurina Ferreira Ramos Cruz



Professoras facilitadoras:
Lidiana Galvão
Fabiana Paz
O uso das TICs na educação como instrumento de informação cidadania participativa crítica
Poços- Campo Formoso- BA
Justificativa
A Informática vem conquistando cada certa relevância no cenário educacional. Sua utilização como instrumento de aprendizagem e sua ação no meio social vem aumentando de forma rápida entre nós. Nesse sentido, a educação vem passando por mudanças estruturais e funcionais frente a essa nova tecnologia. Segundo FRÓES: “A tecnologia sempre afetou o homem: das primeiras ferramentas, por vezes consideradas como extensões do corpo, à máquina a vapor, que mudou hábitos e instituições, ao computador que trouxe novas e profundas mudanças sociais e culturais, a tecnologia nos ajuda, nos completa, nos amplia... Facilitando nossas ações, nos transportando, ou mesmo nos substituindo em determinadas tarefas, os recursos tecnológicos ora nos fascinam, ora nos assustam...” A Tecnologia não causa mudanças apenas no que fazemos, mas também em nosso comportamento, na forma como elaboramos conhecimentos e no nosso relacionamento com o mundo.
De acordo com (FRÓES) “Os recursos atuais da tecnologia, os novos meios digitais: a multimídia, a Internet, as telemáticas trazem novas formas de ler, de escrever e, portanto, de pensar e agir. O simples uso de um editor de textos mostra como alguém pode registrar seu pensamento de forma distinta daquela do texto manuscrito ou mesmo datilografado, provocando no indivíduo uma forma diferente de ler e interpretar o que escreve, forma esta que se associa, ora como causa, ora como conseqüência, a um pensar diferente.”
Devido as TICs estarem cada vez mais presentes no nosso cotidiano e terem papel importante no desenvolvimento de habilidades para atuarmos no mundo de hoje e a internet apresentar leitura quase inesgotável de fontes de pesquisa além de gerar novas demandas e as ferramentas digitais ajudarem nos trabalhos de classe, pensando em formar um cidadão, que, embora tenha nascido numa época em que a tecnologia se faz presente em todo o seu contexto existencial, mas que este não a considera como de vital importância, não usando coerentemente as ferramentas expostas pela mesma. Elabora-se este projeto com o intuito de modificar a visão dos alunos do Colégio Municipal Dr. Rômulo Galvão a respeito do uso da informática direcionando sua função para a informação dos mesmos e desta forma fazendo com que as máquinas deixem de ser meros instrumentos de passa - tempo ou de lazer e, se transformem em ferramentas na construção de um ser capaz de investigar, analisar, crítica, criar e transformar.
Objetivo geral: Utilizar-se das TICs de maneira coerente como instrumento de aprendizagem e não perdendo de vista os valores éticos.
Objetivos Específicos;
Inserir o aluno na sociedade digital
Despertar o gosto pela leitura
Desenvolver habilidades de oralidade, audição, expressão corporal, emoção e de digitalização
Perceber a diferença entre a oralidade e o texto escrito
Permitir que as aulas se tornem mais prazerosas
Editar e revisar textos no computador
Estimular a produção individual
Familiarizar o aluno com a maquina
Refletir com a turma sobre o conteúdo de blogs
Respeitar o direito do outro
Metodologia
1ª Etapa
Sondagem sobre poesia
Escolha do autor/ Biografia
Seleção das poesias para o trabalho
2ª Etapa
Leitura das poesias
Interpretação, contexto Social
Ilustração, das poesias e da capa do livro
Sinopse
3ª Etapa
Recital
Produção Individual
Em duplas e com auxilia do professor pedir que os alunos
Clique no ícone iniciar
Direcione-se até o editor de textos
Digitem suas produções
4ª Etapa
Criação de blogs com ajuda do professor
Produto Final
Postagem das produções no blog para ser compartilhado pela internet.
Exposição e saral das poesias pelos alunos.
Avaliação
Para que o produto final tenha um resultado de qualidade, é importante fazer uma análise do conteúdo e dar novas orientações à turma ao fim de cada uma das etapas. Avaliar o material coletado e a seleção de informações, além da readequação delas ao gênero oral escolhido pelos alunos. Ler e refletir com a turma acerca dos roteiros elaborados e observar propostas se encaixam no formato escolhido. Analisar as conclusões dos estudantes sobre adaptados, diferenciado, assim, texto oral e texto escrito.
Referências
FRÓES, Jorge R. M. Educação e Informática: A Relação Homem/Máquina e a Questão da Cognição - http://www.proinfo.gov.br/biblioteca/textos/txtie4doc.pdf
HEINECK, Dulce Teresinha - A Interdisciplinaridade no processo ensino-aprendizagem - http://www.unescnet.br/pedagogia/direito9.htm ( Nov/2002)
TV ESCOLA- Ministério da Educação MEC- Esplanada dos Ministérios – Sede Bloco L1- Sobreloja 1180- Brasília Distrito Federal CPE: 70047-900
Revista Nova Escola- Julho-2009

domingo, 24 de outubro de 2010

EU APRENDI....






Eu aprendi...
...que ter uma criança adormecida nos braços é um dos momentos mais pacíficos do mundo;

Eu aprendi...
...que ser gentil é mais importante do que estar certo;

Eu aprendi...
...que nunca se deve negar um presente a uma criança;

Eu aprendi...
...que eu sempre posso fazer uma prece por alguém quando não tenho a força para ajudá-lo de alguma outra forma;


Eu aprendi...
...que não importa quanta seriedade a vida exija de você, cada um de nós precisa de um amigo brincalhão para se divertir junto;

Eu aprendi...
...que algumas vezes tudo o que precisamos é de uma mão para segurar e um coração para nos entender;

Eu aprendi...
...que os passeios simples com meu pai em volta do quarteirão nas noites de verão quando eu era criança 
fizeram maravilhas para mim quando me tornei adulto;

Eu aprendi...
...que deveríamos ser gratos a Deus por não nos dar tudo que lhe pedimos;

Eu aprendi...
...que dinheiro não compra "classe";

Eu aprendi...
...que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular;

Eu aprendi...
...que debaixo da "casca grossa" existe uma pessoa que deseja ser apreciada, compreendida e amada;

Eu aprendi...
...que Deus não fez tudo num só dia; o que me faz pensar que eu possa?

Eu aprendi...
...que ignorar os fatos não os altera;

Eu aprendi...
...que quando você planeja se nivelar com alguém, apenas esta permitindo que essa pessoa continue a magoar você;

Eu aprendi...
...que o AMOR, e não o TEMPO, é que cura todas as feridas;

Eu aprendi...
...que a maneira mais fácil para eu crescer como pessoa é me cercar de gente mais inteligente do que eu;

Eu aprendi...
...que cada pessoa que a gente conhece deve ser saudada com um sorriso;

Eu aprendi...
...que ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa;

Eu aprendi...
...que a vida é dura, mas eu sou mais ainda;

Eu aprendi...
...que as oportunidades nunca são perdidas; alguém vai aproveitar as que você perdeu.

Eu aprendi...
...que quando o ancoradouro se torna amargo a felicidade vai aportar em outro lugar;

Eu aprendi...
...que devemos sempre ter palavras doces e gentis pois amanhã talvez tenhamos que engoli-las;

Eu aprendi...
...que um sorriso é a maneira mais barata de melhorar sua aparência;

Eu aprendi...
...que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito;

Eu aprendi...
...que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a;

Eu aprendi...
...que só se deve dar conselho em duas ocasiões: quando é pedido ou quando é caso de vida ou morte;

Eu aprendi...
...que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer.

WILLIAN SHAKESPEARE

Unidade 8

RELATO



No dia vinte e três do mês de Outubro de 2010, no Infocentro de Campo Formoso e no Colégio José Telesphoro, aconteceu a Unidade 8: RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS ELETRÔNICOS do Programa Proinfo Integrado, que iniciou às 8h e terminou às 12h.

Iniciamos com uma mensagem “As rosas e suas cores”, houve uma breve socialização e foram dados alguns avisos a respeito do término do primeiro módulo “Introdução Digital”  já comentado sobre a expectativa para o  próximo, já em clima de despedida.

Começamos a oficina falando sobre o que é Software Livre?
que segundo a definição criada pela Free Softwere Foundation é qualquer programa de computador que pode ser usado, copiado, estudado e redistribuído sem restrições, como por exemplo: O Linux.  Analisamos o pacote Broffice o qual nos traz alguns dos programas: Broffice Writer, Broffice Calc e o Broffice impressde, assistimos os vídeos citados abaixo:
Em seguida, fizemos a leitura do texto: Importância Pedagógica das Planilhas Eletrônicas, postado no Blog proinfocformoso.blogspot.com, depois da socialização, foram postados alguns comentários abrindo um fórum de discussão.
Na parte prática da utilização do programa Broffice Calc assistimos aos vídeos:
Finalizamos com a entrega de uma lembrança e uma mensagem com sabor de despedida “A cor da saudade.”



UNIDADE 7

RELATO



No dia vinte e três do mês de Outubro de 2010, no Infocentro de Campo Formoso e no Colégio José Telesphoro, aconteceu a oficina referente à Unidade 7.
A oficina iniciou com a seguinte pergunta: O que é uma apresentação eletrônica?
As respostas foram simples, do tipo é uma apresentação através de slides. O que de fato não está errado. No guia do cursista vem o seguinte conceito:
 Uma apresentação eletrônica constitui-se de um documento que é também formado por uma série de slides, porém digitais. Um editor de apresentações é um software que permite editar e apresentar estes slides.
Mostramos então slides que mostram a beleza das orquídeas e pedimos que observassem atentamente todos os detalhes da apresentação. Eles apreciaram e gostaram muito dos efeitos, som, imagens, etc.
Falamos das vantagens em usar o computador na preparação dos slides.  Uma por exemplo, é a economia por não precisar gastar com a compra e produção das lâminas de transparência. Outra é a interação com computador através da animação, transição de slides, som, vídeo, imagens,etc.
Os cursistas puderam  visitar o site da comunidade SlideShare. É uma comunidade na Internet que possibilita compartilhar as apresentações de slides (semelhante ao que o YouTube é para os vídeos).  Falamos que o cadastro é gratuito (publicação de produções no site também), mas que eles o fizessem depois, já que não dispúnhamos de muito tempo. Mostramos a diversidade de gêneros textuais que podem encontrar: mensagens, poemas, histórias, textos com assuntos científicos ou voltados para uma certa profissão. Foi proposto que os cursistas abrissem o Impress (Apresentações eletrônicas) para que pudessem conhecê-lo mais intimamente. Mostramos o seguinte conceito:
O Impress é o software para criação de apresentações com slides do BrOffice .O pacote de escritório BrOffice é um conjunto de softwares gratuitos que funcionam tanto em Linux quanto em Windows. Por ser popular, muitos se referem às apresentações de slides como sendo apresentações de PowerPoint (ou, resumidamente “apresentações ppt”). Impress e o PowerPoint têm a mesma função com algumas diferenças de layout e de ferramentas. Como eles irão apresentar o projeto e seus resultados através de slides não deixamos de falar sobre o Planejamento geral, a apresentação deve observar os seguintes pontos:
  Defina claramente o que deseja comunicar e  colete todas as informações relevantes:
Dados; Textos; Tabelas; Gráficos; Imagens; Videos; Audios; Links, etc
Falamos ainda sobre o planejamento visual e estético:
  Garanta visibilidade:
Iluminação e distância da audiência;
Cor de fundo do slide e a cor da fonte;
Tamanho da fonte;
  Selecione cores pertinentes;
  Use imagens pertinentes;
  Evite excessos: o uso de imagens, animações, efeitos é interessante para realizar destaques em momentos pertinentes
Abordamos ainda sobre o uso de imagens, que são sempre bem vindas para complementar os trabalhos:
  É importante usar imagens nas nossas produções digitais, sejam elas apresentações, Blogs ou textos em geral. O uso das imagens digitais exige de nós algum conhecimento.
Complementamos falando sobre os formatos jpg e gif e dos Principais Programas Editores de Imagem disponíveis no mercado e especificados o respectivos formatos:
  Corel Draw – arquivos com extensão “.cdrl”. Ex.: imagem.cdr (para Windows)
  Photo Shop – arquivos com extensão “.psd”. Ex.: imagem.psd (para Windows)
  Gimp – arquivos com extensão “.gmp”. Ex.: imagem.gmp (para Linux e Windows).
Ele ainda visualizaram vídeo que encontrado no endeeço a seguir: http://www.youtube.com/watch?v=9qYbemoCqts
“É uma ferramenta que complementa a educação, como um quadro-negro, um retroprojetor ou um livro ao alcance de um bom educador. Mas um professor que baseia suas aulas só nessa ferramenta comete um grave erro. É como comer um só tipo de alimento, por mais que possa ser bom, não nutre por completo” (MACEDO apud MURANO, 2009).
E ficou bem claro que slides na escola são apenas complementos das aulas, sem exageros. Finalizamos com a mensagem “As rosas e suas cores”.




quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Por que e como devemos usar apresentações de slides na escola?

O uso das apresentações de slides é muito frequente no mundo corporativo e também nas universidades e escolas privadas. A razão disso é simples, estas organizações têm acesso aos recursos necessários: o computador, o projetor multimídia, as telas de projeção. Mas em alguns casos o uso se transformou em abuso. Pelo excesso mesmo! Alguns professores nunca mais chegam perto de um quadro de giz. Vamos analisar por que isto não é muito recomendável.

Há argumentos bem forte contra este abuso. No Blog "Café Filosófico", ligado a Universidade de Évora, o professor Renato Martins publicou um post onde afirma que assistir a aulas com este tipo de apresentação pode promover uma atitude preguiçosa e descompromissada dos estudantes. É verdade, porque nessas aulas, em geral, os estudantes não precisam tomar nota de nada e nem há tempo para isso. Os slides são passados muito rapidamente. Os alunos assumem uma atitude passiva, como expectadores apenas. Nas palavras do professor Martins, “embora sempre tenha havido alunos com um interesse secundário na sabedoria, a tecnologia potencia ainda mais os conhecimentos falsos e a ignorância escondida. A questão da cidadania e a noção de pensamento crítico e autônomo vão-se perdendo, dando lugar a um analfabetismo funcional, uma série de macacos cibernéticos que sabem funcionar, mas não se interrogam bem porque o fazem” (MARTINS, 2008).

Como dissemos, o argumento é forte! Vamos tentar entender o que leva um professor universitário a se pronunciar de modo tão enfático. Analisemos o que diz outro professor que concorda que o risco acima existe: é o professor José Carlos Cintra, da USP de São Carlos. Ele argumenta que “com o uso da lousa, duas características são muito valiosas em termos didáticos. A primeira é o fato de o professor representar a figura central, e a lousa apenas um instrumento a seu serviço. A outra característica é que, na lousa, as informações aparecem passo a passo. Os desenhos, as equações, as definições etc., tudo é donstruído com o acompanhamento do aluno” (CINTRA, 2007).

Ele nos alerta que o uso inadequado dos slides (em número excessivo, poluídos de informação, com frequência exagerada) muda a dimensão tempo na relação do professor com aluno e deste com o conhecimento. Diz ainda o professor Cintra que “cada slide mostra todo o seu conteúdo de uma vez só. Esses slides autoexplicativos são projetados continuamente, sem interrupção, ofuscando o professor. Nessas condições, mesmo ótimos professores não conseguem dar boas aulas. Como refém da projeção, e sem chance de demonstrar o seu conhecimento e de cativar os alunos, o professor tem a sua atenção monopolizada pela tela de projeção e, por isso, geralmente se posiciona de costas para o seu público, tornando-se um mero coadjuvante” (CINTRA, 2007).

O professor Cintra recomenda que se você está usando os slides digitais como complemento da sua aula, então fuja dos slides autoexplicativos, pedindo que o foco volte a ser você, o professor, sendo os slides apenas um acessório. Outra recomendação é que não se privilegie a forma em detrimento do conteúdo. As possibilidades de recursos multimidiáticos acabam ofuscando a mensagem. É preciso cuidado!

Em artigo publicado na revista digital “Língua UOL”, a professora de língua portuguesa da Faculdade de Informática e Administração Paulista, Ana Cláudia Moreira, concorda com estes aspectos. “A gente acaba acostumando mal os alunos. Quando havia só giz e lousa, as crianças escreviam mais. Hoje, os alunos estão acomodados. O professor passa o PowerPoint e depois passa para os alunos o arquivo. Há uma cobrança deles pelo arquivo, e aí deixam de escrever e anotar” (MOREIRA apud MURANO, 2009).

E o professor da Universidade Positivo de Curitiba, Ricardo Macedo, no mesmo artigo mencionado acima, sintetiza: “É uma ferramenta que complementa a educação, como um quadro-negro, um retroprojetor ou um livro ao alcance de um bom educador. Mas um professor que baseia suas aulas só nessa ferramenta comete um grave erro. É como comer um só tipo de alimento, por mais que possa ser bom, não nutre por completo” (MACEDO apud MURANO, 2009).

Então, ficou claro! Precisamos ter cuidado ao usar esta ferramenta. Nas escolas públicas, em geral isto não é um problema, até porque nestas escolas os recursos tecnólógicos são escassos. Mas esperamos que isto mude no futuro, então é bom começar já a aprender com os erros dos outros, para não repeti-los, não é mesmo?

De todo modo, todos os autores citados concordam que, se bem utilizadas, as apresentações de slides digitais trazem a vantagem da agregação de imagens e sons criando um contexto muito mais envolvente do que apenas a fala do professor. E, trazem também a vantagem de destacar e dar ênfase aos pontos mais importantes de um conteúdo. Neste sentido, a professora Moreira destaca que o uso deste recurso estimula a capacidade de síntese, de concisão e de objetividade, o que promove uma “atenção redobrada ao padrão do idioma, já que o manejo atropelado da língua se torna, durante uma apresentação, algo que ‘salta aos olhos’.” (MOREIRA apud MURANO, 2009).

Mas esta capacidade de síntese, concisão etc. apenas surge para quem cria uma apresentação, não para quem a assiste. Então chegamos aqui a uma conclusão importante: os nossos alunos também devem ser autores das apresentações. É isso mesmo! Afinal, já sabíamos que numa escola participativa e dialógica, o discurso não é unilateral, a autoria e sistematização do conhecimento devem ser compartilhadas entre professores e estudantes.

O professor Sérgio Abranches, em entrevista dada à Agência Rio-Mídia, destaca como questão básica a importância dessa partilha na produção do conhecimento: “não estou falando aqui da socialização do conhecimento, algo muito importante. Falo do processo de produzir conhecimento; este deve ser partilhado, cooperado.” (ABRANCHES, 2008).

Ele nos orienta que precisamos atuar de modo a não permitir que a cópia nos trabalhos escolares seja uma alternativa viável. E dá três dicas importantes para isso:

  • "A primeira questão que o professor deve fazer é refletir sobre o que ele propôs aos alunos e o modo como ele propôs. Aí está a raiz da questão. Se o aluno não foi convocado para ser autor-colaborador daquela atividade, ele não se sente com o compromisso de produzir nada que seja dele, ou a partir dele.” (ABRANCHES, 2008).
  • Outra questão é participar e mediar o processo de produção dos alunos (que questões, que fontes utilizaram, que dificuldades tiveram, o que facilitou ou dificultou as análises feitas etc.);
  •  Por fim, o útimo aspecto é a confrontação das produções de diferentes grupos de alunos, buscando a troca, a reflexão e a identificação dos pontos comuns e das particularidades e diferenças.
"O uso e a democratização do computador geraram uma série de novos desafios para os linguistas. A possibilidade oferecida pelo PowerPoint, de relacionar imagens, sons, textos e vídeos, representa um valioso instrumento para o processo de comunicação interpessoal." (MURANO, 2009). Desafios maiores ainda estão colocados para os professores.

Fonte: Módulo do Curso Proinfo Integrado
INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO DIGITAL
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Importância Pedagógica das Planilhas Eletrônicas

Queremos iniciar este reconhecimento do papel pedagógico das planilhas eletrônicas destacando a importância estratégica do trabalho de tratamento da informação. A coleta, organização, análise e síntese dos dados, bem como sua comunicação utilizando tabelas, gráficos e outras representações permite melhor ler a realidade e isso promove a construção de uma consciência crítica e cidadã (SKOVOSMOSE, 2001). O uso das planilhas pode viabilizar atividades envolvendo um maior número de dados e informações, o que confere mais seriedade e significação política aos trabalhos escolares. As atividades escolares podem deixar de ser de "mentirinha", problemas inventados que são simplificados para que sejam exequíveis. As atividades escolares podem tornar-se análises de aspectos reais da vida dos alunos, mesmo que estes redundem em muitos dados, uma vez que, agora, com as planilhas, ficou mais simples tratá-los.


Uma turma de alunos que junto com seu professor resolva construir uma planilha do custo financeiro da manutenção de uma escola, analisando vários tipos de relações entre variáveis para pensar em como aperfeiçoar estes custos; ou, uma escola que esteja monitorando dados ano a ano sobre as condições da água de um riacho próximo, e que depois resolva publicar um jornal a respeito para o bairro; ou uma turma de Ensino Médio que decida fazer uma análise do perfil do consumo energético do seu estado, projetando este consumo a partir do crescimento populacional esperado, de modo a investigar se a planta de produção energética é sustentável. Esses são exemplos de projetos e de atividades que se tornam muito mais facilmente exequíveis, a partir do uso dos aplicativos para tratamento da informação.

Notem que os exemplos citados podem envolver o estudo de várias disciplinas. Na matemática, o uso destes aplicativos é de grande auxílio no estudo das funções. A partir da facilidade para estabelecer relações entre suas linhas e colunas, os alunos podem chegar à modelagem de funções que expliquem o comportamento dos dados e das relações entre as variáveis. Desse modo, as planilhas favorecem a realização de atividades de
construção de modelos matemáticos. Elas são também de grande ajuda para a promoção da competência algébrica.

Contudo, há que se pensar um pouco sobre os abusos no uso destas ferramentas. Façamos um paralelo a respeito do seu uso com o das calculadoras na escola. É muito comum ouvirmos até nos dias de hoje que precisamos ter cuidado ao usar a calculadora, senão os alunos não desenvolverão a capacidade de fazer contas. Bem, podemos usar o mesmo argumento em relação às planilhas, podemos dizer que se abusarmos do seu uso os alunos perderão as habilidades de operar algebricamente.

Concordamos com estas afirmações? Voltemos ao caso da calculadora. Nos quatro anos iniciais do ensino fundamental, uma parte significante do trabalho com a disciplina de matemática é destinada ao aprendizado das quatro operações elementares, com destaque para a operação de divisão, bastante complexa para uma criança. Então não fará mesmo nenhum sentido pedir às crianças que façam aqueles exercícios de resolver muitas continhas de divisão com a calculadora, pois assim não irão ganhar proficiência na realização destas contas.

Contudo, após as crianças terem já conseguido esta proficiência, não faz sentido proibi-las de usar uma calculadora para operar com grandes números na resolução de um problema complexo, até porque a possibilidade de usar a calculadora permite abordar problemas mais complexos, uma vez que ficamos livres das dificuldades do cálculo. Podemos mesmo abordar uma nova categoria de problemas, aquela que exige estratégias mais exploratórias e intuitivas.

Outro aspecto importante está no fato de que o não uso da calculadora não é condição suficientes para que desenvolvamos boas estratégias de cálculo mental. O desenvolvimento de boas estratégias de cálculo mental é fortemente dependente da compreensão que se atinge sobre os princípios de organização do nosso sistema numérico decimal e das propriedades das operações. Se não cuidamos destes aspectos, muitas crianças realizam as operações de forma mecânica sem compreender o porquê daqueles procedimentos (vai um, empresta um, etc.) e sem desenvolver estratégias mais sofisticadas de cálculo mental. Na verdade, deveríamos e poderíamos usar a calculadora para promover esta compreensão, há muitos exemplos de atividades deste tipo nos bons livros didáticos.

Então, do mesmo modo, o uso das planilhas de cálculo deve suceder às habilidades de operar e resolver problemas similares com um número menor de dados. Não faz sentido, por exemplo, ensinar as crianças a contruírem gráficos na planilha de cálculo antes de terem feito muitos gráficos a mão, com régua, papel quadriculado e caneta colorida.

Fonte: Módulo do Curso Proinfo Integrado
INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO DIGITAL
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